A crise econômica como desdobramento da pandemia da Covid-19 levou à alta de 53% dos pedidos de seguro-desemprego em maio, com 960.258 solicitações contra 627.779 do mesmo mês de 2019. Os setores de serviços e comércio foram os mais impactados, registrando a maior concentração dos pedidos, respectivamente, 42% e 25,8%. No acumulado dos cinco primeiros meses de 2020, os pedidos de seguro-desemprego somam 3,297 milhões.
O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Rio de Janeiro (FCDL-RJ), Marcelo Mérida, observa que esse é mais um dado do “monitor de crise econômica como desdobramento da pandemia que revela o impacto sofrido pela atividade do comércio”. Para o presidente, “o ambiente exige um comprometimento maior com a retomada econômica na forma de desburocratização dos serviços, como a oferta de créditos com linhas subsidiadas, que aindam demoram a gerar efeitos na ponta”, citando o Pronampe, que sofreu vetos, foi regulamentado e deveria estar operacional esta semana, o que ainda não ocorreu (leia aqui no Portal FCDL-RJ).
De acordo com dados divulgados nesta terça-feira, 9, pelo Ministério da Economia, as solicitações no mês passado representam ainda um crescimento de 28,3% em relação a abril deste ano, quando totalizaram 748.540.
No acumulado dos cinco primeiros meses de 2020, os pedidos de seguro-desemprego somam 3,297 milhões, o que significa uma alta de 12,4% em relação ao período entre janeiro e maio de 2019, quando as solicitações somaram 2,934 milhões.
Os pedidos de seguro-desemprego em maio foram distribuídos entre serviços (42%), comércio (25,8%), indústria (20,5%), construção (8,2%) e agropecuária (3,4%). O Estado de São Paulo liderou o número de requerimentos no mês, com 281.360 solicitações, seguido por Minas Gerais (103.329) e Rio de Janeiro (82.584).
Em termos de escolaridade, 61,4% dos pedidos eram de pessoas com ensino médio completo.
Segundo a Economia, com a reabertura das unidades do Sistema Nacional de Emprego (Sine) no fim de abril, não há mais fila de espera para os pedidos de seguro-desemprego. Ainda assim a pasta destaca que 50,1% dos requerimentos realizados em 2020 foram feitos pela internet, ante apenas 1,5% do total no mesmo período do ano passado.
Fonte: Estado de São Paulo