Não existe país sadio se micro, pequenas e médias empresas não estiverem bem

O Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) e a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL-RJ), defendem a implementação de ações urgentes por parte dos governos, capazes de promover impacto na economia e apoiar as micro, pequenas e médias empresas.

Segundo o presidente da IDV, Marcelo Silva, o Brasil está vivendo um pandemônio. “Há locais onde os distribuidores já não conseguem chegar por restrições de circulação, e isso afeta o abastecimento de estabelecimentos que estão em funcionamento”, disse. Para ele, que está à frente do instituto que representa os 30 mil maiores varejistas do Brasil e 200 centros de distribuição, é necessário sincronizar as medidas para evitar o exagero. “Sabemos que 80% do varejo é composto por pequenos e médios. Se eles tiverem problemas, todos terão”, declarou o presidente da ADV.

Marcelo Silva, presidente da ADV

Para Marcelo Silva, é necessário reduzir “as graves consequências de uma queda brutal da atividade econômica, que provocaria uma profunda recessão, com encerramento de muitas atividades e consequente altíssimo nível de desemprego”. O presidente do IDV disse ainda que é preciso olhar o país como um todo e que uma discussão harmônica se faz necessária até que uma solução mais palpável seja encontrada para reduzir drasticamente a incidência do vírus. “Precisamos de união”, finalizou.

O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Rio de Janeiro (FCDL-RJ), Marcelo Mérida, concorda com o ponto de vista do presidente da ADV: “Este é um dos momentos mais graves vividos pelas micro, pequenas e médias empresas, principalmente as que atuam em nosso segmento do comércio, empregando centenas de milhares de trabalhadores. As micro, pequenas e médias empresas são as responsáveis pela geração da maioria dos empregos formais do País e precisam de ações efetivas de socorro”.

Marcelo Mérida destaca que a FCDL-RJ tem defendido intervenções imedias de caráter excepcional e emergencial em defesa do comércio, como a campanha “Juro Zero”, para que bancos públicos ofereçam linhas de crédito com suspensão de cobrança de juros, neste momento de enfrentamento dos efeitos da pandemia do Covid-19, em que a quarentena resultou no isolamento social com fechamento ou restrição de funcionamento de estabelecimentos e redução do fluxo de pessoas.

Marcelo Mérida, presidente da FCDL-RJ

No âmbito trabalhista, o IDV recomenda aos seus associados negociar ao máximo a antecipação de férias, redução de jornada, e home office para evitar uma recessão. Já do ponto de vista tributário, o instituto encaminhou sugestões com uma série de medidas a serem estudadas pelo Governo Federal, sendo uma delas a tarefa de socorrer Estados e municípios para permitir a prorrogação de todos os impostos, taxas e contribuições por 120 dias, de maneira ampla e irrestrita, com pagamento parcelado deste período entre julho e dezembro de 2020.

O presidente da FCDL-RJ, Marcelo Mérida, destaca que a entidade enviou ao Governo do Estado do Rio de Janeiro solicitando uma série de medidas de caráter emergencial, principalmente referentes à suspensão e prorrogação de prazos referentes a tributos.

Fonte: Assessoria com Mercado & Consumo