Confiança do comércio e do consumidor despencam e FCDL-RJ cobra ações emergenciais

O cenário de crise social e econômica como desdobramentos da pandemia do Covid-19 afeta diretamente a relação de confiança do comércio e do consumidor, que chegaram aos seus níveis mais baixos nos últimos anos, com o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Rio de Janeiro (FCDL-RJ), Marcelo Mérida, alertando que o setor clama por “ações efetivas, emergenciais, profundas, simplificadas, que levem socorro a milhões de lojistas responsáveis pela geração de tantos outros milhões de empregos formais no Brasil”.

O Índice de Confiança do Comércio (Icom), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve queda de 26,9 pontos na passagem de março para abril deste ano – o maior recuo do indicador em toda a série iniciada em abril de 2010.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), também calculado pela FGV retrocedeu 22 pontos em abril, na comparação com março deste ano. Com isso, o indicador chegou a 58,2 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, o menor nível da série histórica iniciada em setembro de 2005.

O risco, aponta, Marcelo Mérida, é o da insolvência em massa das empresas do segmento do comércio, e por isso a FCDL-RJ, aponta, tem cobrado medidas dos governos para mitigar os efeitos gerados com o Covid-19, como a oferta de linhas de crédito com juros zero ou subsidiados, de fácil aporte, com redução de burocracia e regime diferenciado de exigências.

A FCDL-RJ desde o início da pandemia da Covid-19 tem enviado ofício a atores privados, como a Associação Brasileira de Shoppings, a governos, propondo medidas, como uma campanha de Juros Zero para bancos públicos, a prorrogação de prazos para tributos e contratos, entre outras, defendendo matriz de ações que integrem propostas de defesa da vida, da ordem social e do equilíbrio econômico.

O Índice de Expectativas do empreendedor do comércio da FGV, que mede a percepção sobre o futuro, caiu 19,5 pontos e atingiu 63,2 pontos, o menor patamar desde o início da série. Já o Índice de Situação Atual, que mede a opinião dos empresários em relação ao presente, recuou 33 pontos, registrando 60,9 pontos, o segundo menor valor da série histórica, perdendo apenas para outubro de 2015 (58,4 pontos).

Fonte: Assessoria com Agência Brasil