Mais de 40 dias depois de o Pronampe ser sancionado pelo Palácio do Planalto, a instituição financeira pública federal Banco do Brasil anunciou que vai liberar recursos pelo programa de crédito emergencial para micro e pequenas empresas, no enfrentamento dos efeitos econômicos da pandemia do Covid-19.
O Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em 19 de maio, com previsão de emprestar R$ 15,9 bilhões aos empreendedores afetados pela pandemia. Mas, conforme a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Rio de Janeiro (FCDL-RJ) vem alertando por seu presidente, Marcelo Mérida, os recursos não chegam à ponta, pela baixa adesão das instituições financeiras, como o Banco do Brasil.
“É desesperante você saber que os recursos estão disponíveis pelo governo federal sem que possam chegar aos micro e pequenos empresários porque as instituições financeiras não são obrigadas a aderir ao Pronampe”, aponta Marcelo Mérida. “Isso seria um respirador para o empresário que está na UTI continuar sobrevivendo, mantendo empregos, mas isso não aconteceu”, pondera.
Segundo o BB, em anúncio feito neste dia primeiro, será oferecido R$ 3,7 bilhões em empréstimos via Pronampe, com pelo menos 45 mil empresas tendo manifestado interesse em contratar a linha de crédito.
A FCDL-RJ tem atuado na cobrança da efetividade do Pronampe no Estado do Rio, tendo solicitado, inclusive, à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), para que esta entre como interlocutora junto ao governo do estado, para colocar a agência de fomento AgeRio como operadora do programa federal e acelerar a liberação de crédito (leia várias reportagens sobre o assunto aqui, aqui e aqui)