O volume de vendas do comércio varejista recuou 17,1% em fevereiro ante mesmo mês de 2020, descontada a inflação, de acordo com Índice Cielo de Varejo Ampliado (ICVA) divulgado esta semana.
No ICVA nominal, que compara o crescimento da receita nominal de vendas no varejo com o mesmo período do ano antecedente e reflete o que o varejista realmente observa em suas vendas, houve queda de 9,9%.
“A pandemia continua impactando o varejo. Depois da recuperação observada até outubro, já estamos no quarto mês seguido de queda, voltando ao patamar de agosto”, disse em nota Pedro Lippi, chefe de Inteligência da Cielo.
O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Rio de Janeiro (FCDL-RJ), Marcelo Mérida, destaca que esse impacto da pandemia “afetou severamente o poder de compra das famílias, prejudicou o comércio, enfraqueceu a economia e obriga a oferta de apoio em forma de crédito diferenciado ao setor produtivo”, ressaltando nesse ambiente como positiva a aprovação pelo governo fluminense do programa Supera Rio e, pelo governo federal, do Pronampe, como uma política permanente de crédito.
Os setores mais prejudicados e com maiores desacelerações foram o de Turismo e Transporte e o de Postos de Gasolina. Já o setor de Supermercados e Hipermercados mostrou aceleração em comparação a fevereiro do ano passado.
De acordo com a Cielo, a desaceleração foi apresentada em todas as regiões do país, conforme o ICVA deflacionado e com ajuste de calendário, sendo o Sudeste a obter a maior taxa, com queda de 15,2%.
Pelo ICVA nominal, o Centro Oeste foi a única região a mostrar variação positiva, com aumento de 0,1%. Já o Sudeste se manteve com a maior queda, com percentual de –8,4%.