5 tendências que impulsionarão o mercado até 2025

O mundo está em constante transformação. Algumas são boas, outras nem tanto e demandam atenção e proatividade para resolvê-las. Assim como o mundo, as formas de consumo também passam por renovações. Hoje, por exemplo, a efetivação da venda envolve muito mais do que uma transação financeira, é preciso criar uma conexão para gerar a conversão e fidelização. Para isso, é fundamental criar um elo com o consumidor e escutar suas demandas e direcionamentos.

A informação é de uma pesquisa da WGSN – consultoria internacional especializada em identificar tendências, especialmente no mercado da moda. O estudo mapeou comportamentos e questões que transformarão o mercado até 2025. São demandas que vão além do consumo tradicional, e passam pela redução do impacto das pessoas e negócios na natureza, a descentralização da cultura digital e a personalização e direcionamento correto para cada tipo de público dos produtos, serviços e estratégias e comunicação e marketing.

Eu assisti a palestra com o head of Client Engagement da WGSN, Quentin Humphrey, e separei cinco tendências que impulsionarão o mercado até 2025. Confira:

1 – Era da Policrise
Em meio a incertezas econômicas, pessoas cada vez mais divididas por questões políticas, aumento da desigualdade e o alerta iminente da crise climática, as comunidades, microiniciativas e, principalmente, as ações de marca e responsabilidade corporativa serão a solução para a transformação desse cenário.

Os seres humanos nunca estiveram tão ansiosos, e de acordo com a pesquisa da Ipsos, especialista em Pesquisa de Mercado e Opinião Pública, a inflação (37%) é a principal culpada, seguida pela pobreza/desigualdade social (31%), desemprego (28%) e crime/violência (27%). O levantamento ouviu pessoas em diversos países.

Segundo a WGSN, esse sentimento de incerteza, complexidade e sobrecarga está sendo chamado de Policrise, e antes de melhorar vai piorar muito. O Cascade Institute define uma policrise como “qualquer combinação de três ou mais riscos sistêmicos que interagem entre si, com potencial para causar uma ruptura sequencial dos sistemas naturais e sociais do planeta e degradar o futuro da humanidade de modo irreversível e catastrófico”.

Por isso, investir em comunidade e pensar em propostas visando o bem coletivo pode ser uma boa para o seu negócio e uma via de mão dupla, pois além de ser benéfico para a empresa, será benéfico para o consumidor.

2 – Descentralização x personalização
A cultura digital já deixou de ser macro, tornando-se micro. Agora, com a criação de interesses e assuntos cada vez mais nichados, as redes sociais terão um papel de maior relevância, neste contexto, e passarão a recomendar mais conteúdos que devem ser trabalhados para prender a atenção do público que o consome.

Por outro lado, a pesquisa da WGSN mostra que uma parte dos consumidores está envelhecendo, enquanto a outra é formada por um público mais jovem. Saber se adaptar a eles será fundamental, e isso envolve desde a linguagem usada, o tipo de conteúdo que será direcionado para cada público e a forma como o produtor irá fazer para conquistar e prender a sua atenção.

3 – A natureza como CEO
Para a WGSN, “as empresas precisarão repensar os modelos de negócio tradicionais, colocando a natureza no centro das operações”, ou seja, a natureza e os impactos que podem ser causados nela ou que já foram causados determinarão as decisões da empresa.

Dados de 2021 da Organização Meteorológica Mundial apontam que a concentração dos gases de efeito estufa atingiram níveis recordes. O efeito estufa é um fenômeno natural que possibilita a vida na terra, entretanto, o excesso desses gases aumenta a temperatura global.

E como isso afeta o seu negócio? Com o aumento da temperatura (que pode chegar até +2° graus), haverá as mudanças climáticas, o que afetará a cadeia como um todo, prejudicando, especialmente, a produção de alimentos e matéria-prima e podendo gerar a escassez de produtos fundamentais para o seu negócio e para a humanidade.

4 – Ecomigração
A pesquisa aborda que os anos de 2020 e 2025 vão entrar para a história como o maior período de migração da era moderna, podendo ser de maneira forçada ou por opção. Por conta desse movimento, dois novos termos surgiram no vocabulário que vale a pena ficar de olho: nômades digitais e ecomigração.

Os motivos para essa migração são variados: há as pessoas que durante a pandemia decidiram voltar a morar em seu país de origem, para ficar mais próximas de suas famílias; outro grupo viu a oportunidade de conhecer e morar temporariamente em locais variados, inclusive em países diferentes, justamente por conta da liberdade oferecida pelo trabalho remoto, que ganhou força nestes últimos três anos. Esse grupo foi batizado de nômades digitais.

Já a “ecomigração” ocorrerá por conta das mudanças climáticas. Estudos mostram que, devido à crise climática, várias regiões ao redor do mundo podem se tornar inabitáveis e outras (países mais quentes e tropicais) se tornarão cada vez mais quentes, fazendo com que a sua população procure terras com temperaturas mais amenas para morar.

Nesse tópico, a pesquisa da WGSN reforça que, até 2025, o foco precisa ser em como empreender sem que as ações do seu negócio gerem impactos no meio ambiente; e o seu negócio pode ser um agente de mudança, fazendo parte e incentivando o seu cliente a fazer parte dela também.

5 – Criatividade no mundo das IAs
De acordo com a WGSN em o Consumidor do futuro 2024, o encantamento é um importante gatilho para conquistar o cliente. Por isso, em 2025, a imaginação será peça fundamental para se destacar no mercado, que será regido pela Era da Imaginação. E como estamos vendo uma crescente nas tecnologias de IA (Inteligência Artificial), capazes de produzir textos e criar imagens com base em descrições feitas pelo usuário, por exemplo, a criação de artes com o uso de IAs se tornará algo comum para marcas e pessoas, Entretanto, questões éticas deverão ser discutidas e fixadas.

“Na Era da Imaginação, os líderes empresariais terão que adotar uma perspectiva ‘vuja de’ – uma inversão do termo ‘déjà vu’ –, em que algo familiar é visto sob uma nova perspectiva. O pensamento infantil será um elemento inerente a tudo isso e essencial para sonhar e trazer novas soluções para problemas antigos”, explica o estudo.

Por isso, fique de olho em como fazer o uso dessa tecnologia para impulsionar o seu negócio e encantar e conquistar clientes.

Fonte: Varejo SA