A taxa de desemprego nacional foi de 11,6% no trimestre móvel encerrado em outubro, abaixo do trimestre móvel imediatamente anterior (11,8%) e do mesmo período do ano passado (11,7%), mostram dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A leitura ficou em linha com a mediana das projeções de 33 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, de 11,6% para o trimestre móvel.
Num período de sazonalidade mais favorável à criação de vagas, o país tinha 94,055 milhões de pessoas ocupadas, 0,5% a mais na comparação ao trimestre imediatamente anterior (470 mil pessoas a mais) e 1,6% a mais do que no mesmo período do ano passado (incremento de 1,436 milhões mil pessoas).
A população desempregada — formada por pessoas que procuravam emprego, sem encontrar — somava 12,367 milhões, 1,6% abaixo do trimestre móvel encerrado em julho (redução de 202 mil pessoas) e 0,5% a mais frente ao mesmo período do ano passado (mais 58 mil pessoas).
A força de trabalho nacional, que é composta pela combinação de ocupados e desempregados, atingiu 106,421 milhões de pessoas no trimestre móvel até outubro. Trata-se de um avanço de 0,3% frente aos três meses anteriores e 1,4% acima de igual trimestre de 2018, neste caso em ritmo maior que o avanço da população.
O rendimento médio real habitualmente recebido pelos trabalhadores ocupados foi de R$ 2.317 no trimestre encerrado em outubro, 1,1% acima do período de maio a julho deste ano (R$ 2.292) e 0,8% maior do que no mesmo período do ano passado (R$ 2.298).
Os empregadores destacam-se no aumento da renda, com avanço de 5,6% frente ao trimestre móvel anterior, para R$ 5.997. No setor público, os salários ficaram 1% maiores, para R$ 3.693, em média.
Já a massa de rendimento real habitualmente recebida por pessoas ocupadas (em todos os trabalhos) somou R$ 212,8 bilhões de agosto a outubro deste ano, 1,8% maior do que nos três meses anteriores e 2,6% acima do mesmo período do ano passado.
O número de trabalhadores subutilizados — como é chamada a mão de obra “desperdiçada” — recuou 3,5% no trimestre até outubro, frente aos três meses anteriores, para 27,134 milhões de pessoas, de acordo com a Pnad ContÍnua.
O conceito de subutilização envolve três grupos de trabalhadores: os desempregados; os empregados que gostariam e poderiam trabalhar mais horas; e as pessoas que não estão procurando emprego, mas se consideram disponíveis para trabalhar.
Num período sazonalmente favorável ao emprego, a taxa de subutilização era de 23,8% no trimestre móvel até outubro, abaixo da taxa de 24,6% do trimestre móvel encerrado em julho deste ano. Já o número de pessoas desalentadas recuou 4,5% no trimestre móvel até outubro, na comparação aos três meses anteriores, cedendo de 4,831 milhões para 4,615 milhões de pessoas.
O trabalhador é considerado desalentado quando não está empregado e nem procurando emprego, mas aceitaria uma vaga se alguém oferecesse a ele.
Fonte: Valor Econômico