Mais de 1,19 milhão de postos de trabalho formais foram fechados no Brasil no primeiro semestre deste ano, com o setor de Serviços e de Comércio respondendo pela maior parcela das demissões, perdendo, respectivamente, 507,7 mil vagas e 464,5 mil vagas, o equivalente a 982,2 mil desligamentos, a partir do agravamento da pandemia do Covid-19.
Além do impacto em Serviços (-507,7 mil postos) e no Comércio (-464,5 mil), o saldo também foi negativo na indústria (-246,5) e na construção civil (-32 mil). Só a agropecuária, portanto, conseguiu ampliar o seu estoque de emprego formal, abrindo 62,6 mil novas vagas de trabalho.
Para o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Rio de Janeiro (FCDL-RJ), Marcelo Mérida, o momento é de intensificar as medidas em defesa dos setores produtivos do Brasil: “Os governos têm a responsabilidade de dialogar com os atores privados e construir um amplo programa de pós guerra para retomada da economia, com reforma tributária, com desburocratização, com apoio na forma de crédito subsidiado”.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) indicam que com esses números do primeiro semestre, o estoque de empregos formais do país recuou para 37,6 milhões de vagas. Segundo a Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia o saldo do emprego formal foi negativo em 1.198.363 no primeiro semestre deste ano.
Esse desempenho é bem diferente do saldo positivo de 408,5 mil vagas registrado no mesmo período de 2019 e é consequência de uma queda de 18,3% nas admissões, além de um aumento de 1,3% nos desligamentos. É que, no primeiro semestre deste ano, o país 6,718 milhões de contratações e 7,916 milhões de demissões.
Fonte: Assessoria com Caged