A produção industrial brasileira avançou 8,9% em junho, na comparação com maio, segundo divulgou nesta terça-feira (4) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Essa foi a segunda alta seguida da indústria, mas ainda insuficiente para eliminar a perda de 26,6% acumulada pelo setor nos meses de março e abril, quando o setor atingiu o nível mais baixo já registrado no país.
O resultado mensal foi o mais elevado desde junho de 2018 (12,9%), quando o setor retomou a produção logo após a greve dos caminhoneiros, de acordo com o IBGE, reforçando a leitura de que o pior do impacto econômico da pandemia de coronavírus pode ter ficado para trás.
Já em relação a junho de 2019, houve recuo de 9%, no oitavo resultado negativo seguido nessa base de comparação.
O resultado veio um pouco melhor do que o esperado. As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de alta de 7,7% na variação mensal e de queda de 10,2% na base anual.
Mesmo com o desempenho positivo em junho, a indústria ainda está 27,7% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011 e acumula uma perda de 13,5% na pandemia.
O resultado de maio foi revisado pelo IBGE para uma alta de 8,2%, ante leitura inicial de crescimento de 7%. Já o tombo recorde de abril foi revisado para uma queda ainda mais profunda, de 19,2%.
Fonte: O Globo