Abono de R$ 937 do PIS 2017 começa a ser pago hoje; veja se tem direito

Conheça algumas iniciativas que prometem transformar a realidade socioeconômica brasileira

 

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 6% da população brasileira vive em comunidades de baixa renda — que totalizam 6,3 mil aglomerados em 323 municípios. Os números, com base no Censo Demográfico 2010, apontam que 11,4 milhões de pessoas vivem em condições precárias nos aglomerados.

Para ajudar a amenizar esse quadro, negócios empreendedores de cunho social atuam para melhorar a qualidade e expectativa de vida, oferecer produtos e serviços que antes eram inacessíveis e, em última análise, mudar a realidade brasileira. Várias startups se destacam nesse segmento, tanto que programas de aceleração específicos — como a Yunus Negócios Sociais — oferecem capacitação e financiamento para as empresas.

Conheça algumas iniciativas que prometem transformar a realidade socioeconômica brasileira.

Programa Vivenda e Moradigna

Os dois negócios têm propósitos idênticos: oferecer reformas rápidas para residências em condições precárias e com ambiente propício para o desenvolvimento de doenças. O Programa Vivenda teve início em 2014, na Favela Erundina, na Zona Sul de São Paulo. A empresa oferece cinco kits de reforma para os cômodos cozinha, banheiro, área de serviço, sala e quarto — o prazo médio para a conclusão é de seis dias. O Vivenda já realizou 471 reformas. A empresa foi vencedora do Prêmio Folha Empreendedor Social de Futuro 2015.

 

O Moradigna realiza reformas de baixa complexidade e tem foco no combate a insalubridades residenciais — como mofo, má iluminação, infiltrações, ausência de ventilação, dentre outros. São oferecidos materiais de construção, mão de obra, projeto e gestão da reforma; em média, os trabalhos duram quatro dias. O Moradigna e a CEO Vivian Sória venceram os prêmios Inovacapital e Grandes Mulheres 2016 na categoria Empreendedora Social.

Saladorama

O Brasil vive uma epidemia de obesidade e sobrepeso. Em 10 anos, a prevalência de obesidade no país saltou de 11,8% para 18,9%, enquanto 53,8% da população convive com o excesso de peso. A alimentação do tipo ‘fast food’, extremamente calórica, e a queda na preferência pela alimentação caseira são apontados como os principais fatores de risco. De acordo com o Ministério da Saúde, apenas um em cada três adultos consome frutas e hortaliças em cinco dias durante a semana.

O problema aumenta a mortalidade da população, reduz a qualidade de vida e onera o sistema público de saúde por conta das doenças associadas, como diabetes e hipertensão. A ideia da Saladorama é atuar em duas frentes: na primeira, oferecer alimentação saudável, de fácil acesso às pessoas que vivem nas comunidades e produzidas localmente.

Na segunda, capacitar pessoas que vivem em situação de maior vulnerabilidade — como mulheres negras, homossexuais e trans — na produção de alimentos e receitas para outras pessoas. Hoje, a empresa atua em cinco cidades — Recife, Sorocaba, Florianópolis, São Luís e Rio de Janeiro — e deve chegar a outras seis até o final do ano, além de contar com uma missão em Angola para capacitação em melhoria alimentar na primeira infância.

A startup conseguiu arrecadar R$ 31,7 mil em uma campanha de crowdfunding para capacitar 70 mulheres negras, gays e trans de comunidades do Rio de Janeiro e da Região Nordeste do Brasil. “A ideia é gerar uma formação profissional para gerar opções para esse público. Elas podem abrir um Saladorama, abrir seu próprio negócio, trabalhar em algum lugar ou simplesmente melhorar a alimentação da própria família”, explica Hamilton Henrique, fundador da empresa.

Vai Voando

É comum que pessoas que vivem em comunidades em cidades como Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro tenham parentes em outras regiões do Brasil, sobretudo no Norte e Nordeste. No entanto, as viagens de avião, mesmo com preços promocionais, podem não caber no orçamento familiar. Mesmo o parcelamento, opção cada vez mais utilizada, é inviável para quem não tem crédito.

A Vai Voando aposta em passagens aéreas pré-pagas para conquistar esse público. “Estas classes movimentam pouco mais de R$ 56 bilhões por ano, número equivalente ao PIB da Bolívia”, explica Luiz Andreaza, diretor da companhia. O modelo de negócio estimula também o planejamento financeiro ao oferecer o pagamento das parcelas até 12 meses antes da viagem.

Esse tipo de serviço favorece o planejamento financeiro das famílias, que não precisarão comprometer o limite de crédito e pagar altas taxas de juros. As vendas para 2016 da Vai Voando chegaram a 58 milhões de viagens, o que demonstra o potencial desse tipo de serviço mesmo diante da crise. Mas é necessário saber lidar com os clientes.

“Por se tratar de um público simples e humilde, toda a comunicação deve ser clara, objetiva e de bom gosto. Ao contrário do que se pensa, este público é exigente. As empresas precisam oferecer um atendimento com qualidade, além de vantagens que ficam em evidência e valor justo”, conta Andreaza.

Renovatio

De acordo com dados do Programa Alfabetização Solidária do Ministério da Educação (MEC), quase 23% dos casos de evasão escolar no Brasil estão relacionados a problemas de visão dos alunos. Além disso, os consultórios de oftalmologia estão concentrados nas regiões mais desenvolvidas: segundo o Censo Brasileiro de Oftalmologia, 85% dos municípios não conta com nenhum oftalmologista. A Associação Brasileira da Indústria Óptica (Abiótica) estima que 45 milhões de brasileiros precisam usar óculos e não sabem.

Para reverter esse quadro, a ONG Renovatio importou o método OneDollarGlasses, criado pelo alemão Martin Aufmuth, que permite a produção de lentes resistentes a um custo baixo. Os óculos são distribuídos não apenas em comunidades metropolitanas, mas também em regiões mais distantes. Até hoje, já foram distribuídas 12 mil unidades.

A ONG também desenvolveu um ônibus que serve como laboratório itinerante com capacidade para atender 200 pessoas por dia. O paciente, assim que comparece, passa pela triagem, é consultado com o oftalmologista e recebe os óculos doados de imediato. A meta é chegar a 2021 com 1 milhão de óculos distribuídos.

Fonte: Administradores

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