Puxado mais uma vez pela alta da gasolina, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,95% em novembro, após ter registrado taxa de 1,25% em outubro, segundo os dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado, o IPCA acumula alta de 9,26% no ano e de 10,74% nos últimos 12 meses, acima do registrado nos 12 meses imediatamente anteriores (10,67%). Trata-se do maior índice para um intervalo de 1 ano desde novembro de 2003, quando a taxa foi de 11,02%.
A inflação acumulada em 1 ano permanece também mais do que o dobro do teto da meta fixada pelo governo para 2021 (5,25%).O resultado veio um pouco abaixo do que o esperado. A mediana de 37 projeções de consultorias e instituições financeiras compiladas pelo Valor Data apontava para uma taxa de 1,1% em novembro. No acumulado em 12 meses, a mediana das estimativas indicava alta de 10,9%.
Gasolina foi mais uma vez a vilã
Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em novembro. A maior variação (3,35%) e o maior impacto (0,72 ponto percentual) vieram dos custos do grupo Transportes.
O grande destaque mais uma vez foi a alta da gasolina (7,38%), que contribuiu com o maior impacto individual no IPCA do mês (0,46 p.p.), respondendo por praticamente metade da taxa de inflação do mês.
Houve altas expressivas também nos preços do etanol (10,53%), do óleo diesel (7,48%) e do gás veicular (4,30%).
Os preços dos automóveis novos (2,36%) e usados (2,38%) também pesaram na inflação do mês. Já as passagens aéreas recuaram 6,12% em novembro, após as altas de 28,19% em setembro e 33,86% em outubro.
Em habitação, os custos foram novamente pressionados pela energia elétrica (1,24%) e pela alta de 2,12% no gás de botijão, que já subiu 38,88% nos últimos 12 meses.Fonte: G1