Levantamentos da Fundação Getulio Vargas (FGV) continuam a revelar a piora em abril do mercado de trabalho, devido às incertezas provocadas pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), que busca antecipar tendências com base em entrevistas com consumidores e empresários da indústria e dos serviços, caiu 42,9 pontos de março para abril.
O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Rio de Janeiro (FCDL-RJ), Marcelo Mérida, alerta que esse dado e outros apontam para a consolidação de um “quadro de caos econômico, medido pela percepção de quem empreende ou trabalha”. E, continua Marcelo: “É preciso respostas mais rápidas com medidas que unam a defesa da vida, o equilíbrio social e econômico. As empresas estão encerrando suas atividades, trabalhadores perdendo empregos, o poder de compra das famílias sendo reduzido e isso afeta toda a cadeia produtiva, principalmente ao comércio”.
O indicador Iaemp da FGV recuou para 39,7 pontos, em uma escala de zero a 200. Foi a maior queda mensal e o menor nível do indicador na série histórica da pesquisa, iniciada em 2008. “O resultado do mês registra um aumento do pessimismo em relação ao mercado de trabalho. Os níveis recordes de incerteza tornam empresários e consumidores cautelosos, gerando uma deterioração das expectativas nos próximos meses”, afirma Rodolpho Tobler, economista da FGV.
O outro índice da Fundação Getulio Vargas, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 5,9 pontos em abril, para 98,4 pontos. Diferentemente do Iaemp, o ICD é medido em uma escala invertida de zero a 200 pontos, em que o crescimento do indicador significa piora.
Fonte: Assessoria com Agência Brasil