O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,1% em 2019, seguindo expansão de 1,3% nos dois anos anteriores, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE) divulgados nesta quarta-feira. Em valores correntes, o PIB somou R$ 7,3 trilhões no período, quando a Agropecuária avançou 1,3%, o pior desempenho desde 2016, Serviços também tiveram avanço de 1,3%, e a Indústria subiu 0,5%.
Apenas no quarto trimestre, houve avanço de 0,5% em relação aos três meses anteriores, quando a expansão foi de 0,6%. Na comparação ao quarto trimestre de 2018, o PIB cresceu 1,7%.
A mediana das estimativas de 40 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data apontava para um crescimento de 0,5% na comparação ao terceiro trimestre, com intervalo de 0,3% a 0,7%. Para 2019, a previsão era de alta de 1,1%, com intervalo de 1% a 1,2%.
A variação no ano veio acima do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de prévia do PIB, que mostrou alta acumulada de 0,89% em 2019. No quarto trimestre, o IBC-Br apontava alta de 0,5% frente ao terceiro trimestre.
Já o setor de serviços teve expansão de 0,6% entre outubro e dezembro, perante os três meses antecedentes. A mediana das projeções apuradas pelo Valor Data apontava para alta de 0,6% nessa base de comparação.
Já a agropecuária mostrou queda de 0,4%, resultado abaixo da mediana de alta de 0,6% apurada pelo Valor Data com economistas.
Principal componente do PIB pelo lado da demanda, o consumo das famílias cresceu 0,5% no quarto trimestre, ante o terceiro, feito o ajuste sazonal. A expectativa dos consultados pelo Valor Data apontava para um crescimento de 1,1%.
A demanda do governo aumentou 0,4% nos três últimos meses de 2019, em linha com as estimativas.
Já a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), medida dos investimentos em máquinas, construção civil e pesquisa, mostrou queda 3,3% no quarto trimestre de 2019, em relação aos três meses anteriores. A expectativa era de retração de 1,9%.
Em 2019, a taxa de investimento ficou em 15,4% e de poupança correspondeu a 12,2% no período.
No setor externo, as exportações cresceram 2,6% e as importações tiveram queda 3,2% no quarto trimestre de 2019, perante os três meses anteriores.
A mediana apurada pelo Valor Data era de aumento de 2,6% para as exportações e queda de 2,2% para das importações para o período, por essa base de comparação, gerando uma contribuição positiva do setor externo no PIB.
Fonte: Valor Econômico