Pequenos empresários cometem erros ao investir e perdem oportunidades de expansão, aponta especialista

Mistura entre finanças pessoais e corporativas, excesso de cautela e falta de orientação técnica comprometem o crescimento de micro e pequenos negócios no Brasil

Muitos empresários brasileiros, ainda pequenos, esbarram em decisões equivocadas quando decidem investir, segundo avaliação de Juciel Oliveira, CEO da Monteo Investimentos e especialista em estratégias de alavancagem patrimonial. Ao tentar proteger o caixa da empresa, é comum que mantenham recursos parados, busquem aplicações de alta complexidade sem conhecimento suficiente ou confundam finanças pessoais com as corporativas, erros que, somados, freiam o potencial de crescimento dos negócios.“ afirma Juciel.

Um dos erros mais comuns é misturar as finanças da empresa com as pessoais. Outro é deixar o dinheiro parado por medo de arriscar ou pela dificuldade de identificar boas opções. A gente atende muitos empresários que têm boa visão de negócios, mas pouca orientação sobre como proteger e fazer crescer o que já conquistaram”, afirma Oliveira.

A percepção da Monteo, empresa que atua com mais de R$1,2 bilhão sob gestão em cartas de crédito, está ancorada no contato direto com mais de 3 mil clientes ativos, muitos deles empreendedores. O cenário reforça a urgência de se discutir alternativas de investimento que combinem segurança e retorno, especialmente em um ambiente econômico ainda marcado por taxas de juros elevadas e crédito bancário restrito.

Nesse contexto, o consórcio imobiliário surge como uma alternativa viável e cada vez mais procurada por donos de pequenos negócios. Diferente de linhas de financiamento convencionais, o consórcio permite usar capital de terceiros, por meio da carta de crédito, para adquirir um imóvel ou bem de alto valor, sem comprometer o fluxo de caixa da empresa. “É uma estratégia segura, escalável e flexível, especialmente quando acompanhada por uma assessoria que entende o momento e os objetivos do cliente”, afirma o executivo.

Dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC) mostram que o setor movimentou R$191,11 bilhões em créditos no segmento de imóveis em 2024, alta de 35% em relação ao ano anterior. O crescimento expressivo reflete uma mudança de comportamento entre investidores que passaram a valorizar modalidades de investimento com maior previsibilidade e menos risco.

Entre os benefícios destacados está a possibilidade de utilizar rendimentos de outras aplicações, como fundos imobiliários ou renda fixa, para quitar as parcelas do consórcio. A prática permite que o empresário mantenha liquidez e, ao mesmo tempo, amplie seu patrimônio. “Direcionar os rendimentos de outros investimentos para o pagamento das parcelas permite que o investidor participe de um consórcio sem a necessidade de descapitalizar seu patrimônio”, exemplifica Oliveira.

O executivo ressalta ainda que a condução estratégica do consórcio deve ser contínua, com acompanhamento profissional, análise de mercado e uso inteligente do crédito no momento mais oportuno. “Com acompanhamento profissional, é possível antecipar movimentos, analisar o comportamento do grupo e tomar decisões com base em dados e contexto, sem depender da sorte”, explica Juciel.

Para Oliveira, o maior desafio segue sendo o acesso à informação. “O que afasta as pessoas do mundo dos investimentos não é a falta de vontade, é a forma como o tema é apresentado”, afirma Oliveira. Ele defende que o mercado precisa abandonar a linguagem excessivamente técnica para incluir perfis que, embora tenham capital e interesse, ainda não se veem como investidores.

A Monteo, fundada em 2011, é reconhecida como a maior referência nacional em estratégias de alavancagem financeira via consórcio e se diferencia pela atuação consultiva junto aos clientes. “Nosso papel é abrir caminho para que o empresário enxergue o investimento como parte do crescimento do seu negócio, e não como um risco isolado”, finaliza o CEO.

Fonte: Varejo SA