A confiança do comerciante na melhora da economia do país cresceu pela segunda vez seguida em julho e voltou à zona de satisfação, atingindo 107,8 pontos, o que não acontecia desde março deste ano. De acordo com o Índice de Confiança do Empresário do Comércio, divulgado esta semana pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o indicador subiu 11,7% na passagem de junho para julho.
Para o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Rio de Janeiro (FCDL-RJ), Marcelo Mérida, os números indicam a “capacidade de trabalho, de luta e de resistência dos empreendedores do setor”, e vem em momento oportuno, na semana em que se celebra o Dia do Comerciante, em 16 de julho. “O comerciante move a economia em todo o Brasil, gera empregos diretos e indiretos, está na ponta, em contato com o consumidor, com a população, e precisa de apoio, para aos poucos superar os graves impactos decorrentes da pandemia do Covid-19”, assinala Marcelo.
O economista responsável pela pesquisa da CNC, Antônio Everton, explicou que o resultado de julho renovou a tendência otimista dos comerciantes verificada em junho, quando a alta foi de 12,2%, encerrando o período de cinco quedas seguidas. Ele afirma que a confiança dos empresários do setor está atrelada a vários fatores favoráveis para o segundo semestre.
Em julho, todos os componentes do indicador cresceram – o que não acontecia desde setembro de 2020. O destaque ficou por conta do indicador que avalia as condições atuais da economia, do setor e da empresa, que apresentou crescimento mensal de 29,2%. Especificamente em relação à situação econômica do país, houve uma percepção positiva mais significativa, com 35,8% do total de entrevistados afirmando que a economia melhorou, contra 24,8% no mês anterior.