A expectativa de faturamento para o ecommerce brasileiro em 2021 é de alta, segundo projeções da consultoria Ebit|Nielsen, com perspectiva de crescimento da ordem 26% em relação a 2020, além de alta de 16% no número de pedidos e de 9% no valor médio das vendas.
O comércio eletrônico no Brasil cresceu com o movimento de restrições ao consumo em lojas físicas e com a necessidade de empreendedores e consumidores se adaptarem às condições e desdobramentos da pandemia do Covid-19.
O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Rio de Janeiro (FCDL-RJ), Marcelo Mérida, cita que a tendência de comércio eletrônico como suporte às lojas físicas “veio como resposta a momentos agudos da crise da pandemia e que deve permanecer, fazendo com que cada vez mais lojistas apostem em inovação e tecnologia”, defendendo, contudo, que sejam oferecidas linhas especiais apoiar os empreendedores neste momento, para construção de suas estratégias digitais.
Essa tendência chegou ao ápice de seu movimento com o Natal, quando o faturamento das vendas online entre 10 e 24 de dezembro foi de R$ 3,8 bilhões, alta de 44,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a Ebit|Nielsen.
No Natal da pandemia, o valor médio de compras online dos brasileiros foi de R$ 462, ante R$ 408 em 2019. O número de pedidos também cresceu — 8,1 milhões contra 6,4 milhões no ano passado.
O valor das vendas no Natal de 2020 supera a projeção da própria Nielsen, que havia estimado alta de 30% no faturamento de compras online neste ano. No ambiente digital, o avanço nos resultados com as vendas do Natal superou o registrado na Black Friday, que teve crescimento de 26,4%, o melhor desempenho desde 2014.
Embora o volume de compras online siga crescente desde o início do isolamento social no primeiro semestre por causa da pandemia, de acordo com dados da Nielsen apenas 14% dos consumidores realizaram a primeira compra online neste ano — percentual mais baixo desde 2016. Na série histórica iniciada no mesmo ano, o recorde de novos consumidores foi em 2018, quando 17,3% realizaram pela primeira vez uma compra virtual.