O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou a concessão, via internet, do microcrédito orientado, voltado a micro e pequenos empreendedores. O microcrédito orientado era concedido somente após contato presencial, e o CMN também ampliou, de R$ 200 mil para R$ 360 mil por ano, o limite de renda para obtenção do financiamento.
O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Rio de Janeiro (FCDL-RJ), Marcelo Mérida, considerou a decisão do CMN “acertada, porque em todo o mundo ocorre hoje uma revolução financeira, com a intensificação das operações digitais”. Marcelo observa que a medida também contribui para reduzir a burocracia e facilitar o acesso ao crédito por parte das empresas, em um momento delicado de enfrentamento das consequências da pandemia do novo corona virus.
Até então, informou o Banco Central, a linha de crédito exigia que o primeiro contato entre o microempresário e a instituição financeira fosse presencial. Segundo o chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central, João André Pereira, a medida vai ampliar o número de empresários que poderão pedir acesso à linha de crédito.
Pereira explicou que o microcrédito orientado é um programa especial que recebe recursos, por exemplo, do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Os bancos também precisam reservar 2% de todos os depósitos à vista para esse tipo de operação.
“Esses aperfeiçoamentos legais e regulamentares vieram para ampliar o número de beneficiados com o programa de microcrédito produtivo orientado e para simplificar os requisitos técnicos para sua a concessão, com possibilidade do uso de tecnologias digitais que possam substituir o contato presencial para fins de orientação e obtenção de crédito”, informou o BC.
Fonte: Assessoria com G1