A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) promove nesta quinta-feira (14), a partir das 16h, a live “As perspectivas para o setor de comércio e serviços”, em face da crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19, com as participações do economista Ricardo Amorim e do diretor-geral do Grupo GS& Gouvêa de Souza, Marcos Gouvêa de Souza, com o talk sendo mediado pelo presidente da entidade máxima dos lojistas, José César da Costa.
O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL-RJ), Marcelo Mérida, diz que a live é uma “iniciativa importante da CNDL, com um economista muito influente, em um ambiente que merece ser amplamente debatido”, referindo ao anúncio nesta quarta (13), pelo IBGE, de números da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), que indicam quedas recordes no volume de vendas. Para acompanhar a transmissão basta se inscrever no canal oficial da CNDL, no youtube.
O presidente da FCDL-RJ, Marcelo Mérida, destaca os dados do IBGE que indicam que, sob efeito da pandemia do Covid-19, o volume de vendas no varejo restrito — que exclui as atividades de automóveis e materiais de construção — recuou 2,5% em março, frente a fevereiro, pela série com ajuste sazonal. É maior queda das vendas do varejo desde janeiro de 2016 (-2,6%) e, para meses de março, é a maior queda desde 2003 (-2,7%).
O volume de vendas no varejo recuou em oito das dez atividades analisadas no conceito ampliado em março, frente a fevereiro, de acordo com a PMC. As quedas mais intensas ocorreram nos ramos de tecidos, vestuário e calçados (-42,2%); veículos e motos, partes e peças (-36,4%); livros, jornais e papelaria (-36,1%); móveis e eletrodomésticos (-25,9%); e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-27,4%). Outras quedas no mês foram materiais de construção (-17,1%); equipamentos de informática e escritórios (-14,2%); e combustíveis e lubrificantes (-12,5%).
Os resultados mostram que os impactos do isolamento social para enfrentamento da covid-19 foram disseminados no varejo brasileiro em março, período em que a quarentena foi iniciada, sobretudo nos últimos dez dias do mês.As vendas registraram aumento em março, ante fevereiro, nos ramos considerados essenciais: hiper e supermercados (16,3%) e artigos farmacêuticos e perfumaria (1,3%).
Fonte: Assessoria e Valor Econômico