Mais um sinal de recuperação econômica foi informado nesta quinta-feira (16/03). Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, mostraram que foram criadas 35.612 vagas com carteira assinada em fevereiro. Desde março de 2015 que a diferença entre o número de contratações e demissões não se mostrava positivo.
O setor de serviços saiu na frente na geração de empregos formais no mês de fevereiro com a criação de 5,1 mil vagas, enquanto a administração pública admitiu 8,3 mil pessoas e a agropecuária abriu 6,2 mil postos de trabalho. Os números do Ministério do Trabalho destacam ainda que, dentro do setor de serviços, o segmento do Ensino foi o que mais abriu vagas com 35.484. Já os setores do comércio e construção civil fecharam, respectivamente, 21,2 mil e 12,9 mil vagas.
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, o aquecimento da economia está acontecendo gradativamente, mas já pode ser percebido a partir desse mês de março. “A virada na geração de empregos depois de 22 meses destruindo postos de trabalho implicará o aumento da renda em circulação, refletindo as rendas no varejo”, ressaltou o presidente.
As contratações formais se apresentaram em três das cinco regiões do Brasil. A região Sul liderou o número de abertura de vagas, com 35.422. Outros postos formais foram criados nas regiões Sudeste (24.188) e Centro-Oeste (15.740). Houve fechamento de postos formais de trabalho nas regiões Nordeste (37.008) e Norte (2.730).
Retomada – Apesar do desemprego atingir quase 13 milhões de pessoas, de acordo com dados do IBGE, e do Produto Interno Bruto (PIB) ter registrado uma queda de 3,6% em 2016, o início da retomada da economia vem apresentando sinais em 2017. Um exemplo foi a liberação dos saques das contas inativas do FGTS que injetará mais de R$ 30 milhões na economia do país
Outro fator, segundo o doutor em economia e secretário de Planejamento e Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Marcos Adolfo Ferrari, é o resultado positivo do IPCA de 0,33% em fevereiro. A consequência é a abertura de espaço para redução das taxas de juros e o afrouxamento da política monetária. O impacto no custo do crédito estimula o crescimento, além de ter o aumento da massa salarial real.
Fonte: CNDL.