79% dos internautas compraram por aplicativos de loja no último ano, aponta estudo da CNDL/SPC Brasil

O uso de aplicativos e de redes sociais pelos consumidores para a realização de suas compras têm crescido significativamente nos últimos anos. É o que aponta pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Sebrae. Só nos últimos 12 meses anteriores à pesquisa, oito em cada dez (79%) internautas fizeram alguma compra usando aplicativos de lojas, um aumento de 18 pontos percentuais em comparação ao estudo realizado em 2019.

Para os entrevistados, a praticidade e agilidade (54%) é o que mais estimula a comprar via app. Outras razões apontadas são a ideia de não precisar sair de casa (49%) e a facilidade de acesso do celular de qualquer lugar (47%).

Quanto aos produtos mais comprados pelos internautas via aplicativos de loja nesse período, comidas e bebidas por delivery (65%) lideram o ranking, um aumento de 38 pontos percentuais em comparação a 2019. Em seguida, aparecem os serviços de transporte (48%) e moda e vestuário (35%).

“O consumo por meio de aplicativos cresceu de forma exponencial nos últimos anos e o varejo investiu nessa tendência, que foi também impulsionada pelo cenário de pandemia. As grandes marcas construíram aplicativos mais ágeis e práticos; e investiram no relacionamento com os clientes, buscando entender melhor sobre seus hábitos de consumo, suas necessidades e preferências. O uso de aplicativos de transporte, por exemplo, tem sido muito utilizado por idosos, que até então tinham uma certa resistência a esse tipo de consumo”, analisa o presidente da CNDL, José César da Costa.

40% dos entrevistados compraram pelas redes sociais; comida por delivery e roupas foram os itens mais adquiridos

Outra tendência que vem sendo percebida é o peso das redes sociais na decisão de compra dos brasileiros. Impactados pelos anúncios de grandes varejistas e até mesmo pequenas lojas, e procurando por maior praticidade, 40% dos entrevistados disseram ter adquirido produtos e serviços pelas redes sociais nos últimos 12 meses anteriores à realização da pesquisa.

Entre as principais razões, destacam-se: rapidez e praticidade (42%); conseguir interagir e tirar dúvidas com o vendedor (42%, principalmente entre as mulheres e com aumento de 14 pontos percentuais em relação à 2019); encontrar os melhores preços e ofertas do mercado (39%); e ser atraído pela publicidade (36%).

A pesquisa também mostra que comidas e bebidas por delivery (47%) foram os itens mais adquiridos pelas redes sociais, um aumento de 20 pontos percentuais em relação a 2019. Já os produtos de moda e vestuário (40%) ficaram em segundo lugar no ranking, seguidos por cosméticos, perfumes e produtos para o cabelo (36%).

“O consumidor quer ter acesso a canais de compra que permitam escolher o que for mais conveniente. Isso significa que o varejo precisa continuar desenvolvendo experiências que atraiam os consumidores e promovam o engajamento. Ou seja, é fundamental reduzir cada vez mais a distância entre o varejo físico e comércio online, além de direcionar esforços para oferecer uma excelente experiência de compra ao consumidor”, afirma Costa.

Quase a metade dos internautas realizou alguma compra pelo WhatsApp no último ano

Aplicativo com maior número de usuários no país, o WhatsApp extrapola a comunicação pessoal e em grupo. Dados do levantamento revelam que metade dos consumidores entrevistados (46%) realizou alguma compra pelo aplicativo nos 12 meses anteriores à pesquisa, um crescimento de 28 pontos percentuais em relação ao estudo realizado em 2019.

Entre os motivos pelos quais utilizaram o WhatsApp para consumo, 41% destacaram a maior facilidade e rapidez do que pessoalmente ou por ligações, poder comprar sem sair de casa (37%, aumento de 14% em comparação a 2019), possibilidade de receber imagem e vídeos dos produtos/serviços (37%), e possibilidade de acessar as informações armazenadas nas conversas (35%).

Para 88% dos entrevistados, o WhatsApp é uma boa forma de comunicação entre eles e as empresas, especialmente para: tirar dúvidas ou receber suporte técnico (65%), agendar horários de atendimento (47%) e receber promoções (41%).

“O WhatsApp tem sido cada vez mais utilizado pelas empresas como canal de vendas, principalmente os pequenos varejistas, que na maioria das vezes não possuem aplicativos próprios ou um site com e-commerce. A versão business da plataforma permite que o lojista crie catálogos de produtos e serviços, e use ferramentas especiais de automação, organização e de resposta rápida aos clientes”, destaca o presidente da CNDL.

Os serviços de entrega por aplicativos também aparecem como uma importante ferramenta para os consumidores. De acordo com o levantamento, 92% dos entrevistados já utilizaram ou utilizam os serviços de algumas das empresas de entrega sob demanda por aplicativos, um crescimento de 26 pontos percentuais em comparação a 2019, principalmente o Ifood (80%), o Uber Eats (58%) e o Rappi (39%).

O principal motivo para o uso dos serviços é a compra de comida por delivery (83%), seguido da compra de itens de supermercado (34%) e para a coleta ou entrega de produtos em geral (26%).

Fonte: CNDL