107,7 milhões de brasileiros devem ir às compras para o Dia dos Pais

A reabertura completa das atividades comerciais e o avanço da vacinação em todo o país parecem trazer também um cenário de aquecimento das vendas para o Dia dos Pais. De acordo com levantamento realizado pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offer Wise Pesquisas, 67% dos consumidores pretendem comprar presente(s) no Dia dos Pais este ano. O número representa um aumento de nove pontos percentuais em relação a 2020. Na prática, isso significa que aproximadamente 107,7 milhões de pessoas devem comprar presentes para entregar a seus entes queridos no segundo domingo de agosto, retornando ao patamar pré-pandemia.

Para a alegria do varejo, o valor que os entrevistados pretendem dispender com os presentes também subiu: em média, pretende-se gastar R$ 207,52 ao todo. Os consumidores pretendem comprar, em média, 1,9 presentes.  Com isso, estima-se movimentar no comércio cerca de 22,35 bilhões de reais, um crescimento de 25% em relação a 2020, sem considerar os efeitos da inflação.

Mas isso não significa que todos os entrevistados pretendem investir mais na compra do presente: 37% dos entrevistados têm intenção de gastar o mesmo valor que em 2020, enquanto 28% desejam desembolsar mais, e 28% querem gastar menos.

Entre aqueles que irão gastar mais, 56% pretendem comprar presentes melhores, 32% acreditam que os preços dos produtos estão mais altos e 28% querem comprar mais presentes.

Já entre aqueles que pretendem gastar menos, 86% citam haver influência do cenário de pandemia. Desse modo, 40% querem economizar, 25% estão com o orçamento apertado, 23% citam as incertezas do cenário econômico e 20% estão desempregados.

Itens de vestuário lideram o ranking de presentes para o Dia dos Pais. 83% pretendem pagar à vista

Oito em cada dez consumidores (79%) pretendem pesquisar preços para economizar antes de fazer as compras do Dia dos Pais, sendo que a maioria utiliza sites/aplicativos (76%), as redes sociais (47%), lojas de shopping (46%) e lojas de rua (34%). Para 67% dos entrevistados que fizeram compras na data em 2020, os produtos estão mais caros este ano; 28% acreditam que estão na mesma faixa de preço; e 5% que estão mais baratos.

Assim como no ano passado, as roupas correspondem à maior parte das intenções de compra para a data (50%), seguidas de perfumes e cosméticos (43%), calçados (36%) e acessórios (29%), como meias, cinto, óculos, carteira e relógio.

A grande maioria dos consumidores (83%) pretende pagar o presente à vista, principalmente no dinheiro (34%), no cartão de débito (27%) e no PIX (22%). 36% preferem pagar à prazo, principalmente com parcelas no cartão de crédito (32%). A média geral é de 3,9 prestações.

O levantamento aponta ainda que 83% dos consumidores pretendem pagar o(s) presente(s) sozinhos, enquanto 14% vão dividir, seja uma parte do valor (7%) ou integralmente (7%), com outra pessoa. Entre estes, 28% pretendem dividir o pagamento do(s) presente(s) para reduzir os gastos, 18% querem dar um presente melhor/mais caro e 15% tiveram o orçamento afetado pela pandemia.

Entre os entrevistados, 63% pretendem presentear o próprio pai, 21% o esposo, 15% o pai de seus filhos e 12% o sogro.

Internet será o principal local de compra

As compras pela internet, que passaram por um processo de amplo crescimento impulsionado pela pandemia da Covid-19, serão as preferidas pelos consumidores.

De acordo com a pesquisa, 47% dos entrevistados pretendem comprar a maior parte dos presentes na internet, enquanto 29% em shoppings centers, 17% nos shoppings populares, e 16% em lojas de departamento. Entre os que pretendem realizar compras pela internet, 72% comprarão por aplicativos, 72% em sites, e 23% no Instagram.

“O consumo online, que já vinha em um processo de crescimento em todo o mundo, foi ainda mais impulsionado pela pandemia da Covid-19. O brasileiro está cada vez mais habituado e seguro para realizar suas compras pela internet. O varejista sabe disso e tem investido em anúncios, promoções e em estratégias para conquistar esse consumidor”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

Apesar disso, o brasileiro parece também estar se sentindo mais seguro para voltar às compras presencialmente. Quase metade dos consumidores (47%) afirmaram que se sentem em segurança para realizar compras em lojas de rua, um aumento de 18 pontos percentuais em comparação ao ano passado. Nessa mesma direção, 50% disseram que sentem-se seguros para fazer compras no shopping, um crescimento de 21 pontos percentuais comprando com 2020.

Quando se trata de escolher o local de compra do presente, 49% são influenciados pelo preço, 45% pela qualidade dos produtos, 38% pelas promoções e desconto, 23%  pela diversidade de itens, e 23% pelo frete grátis.

O principal local de comemoração da data será na própria casa (43%) e na casa do pai (31%).

“O cenário de vacinação tem trazido ao país uma sensação de mais segurança para que a população realize suas atividades e o varejo conta com a data para aumentar as vendas após um ano tão difícil para o setor. O Dia dos Pais é um termômetro para o início do processo de contratação da mão de obra temporária pelo comércio no segundo semestre e a expectativa é realmente de uma retomada econômica”, afirma Costa.

28% dos entrevistados costumam gastar mais do que podem para presentear no Dia dos Pais

A vontade de retribuir o carinho e o esforço do pai (45%), considerar que o presente é um gesto importante (26%) e ter o costume de presentear pessoas queridas (24%), são os principais motivos apontados pelos entrevistados que irão comprar presentes no Dia dos Pais.

O problema surge quando a vontade de demonstrar gratidão se sobrepõe à responsabilidade sobre as finanças pessoais: 28% dos entrevistados costumam gastar mais do que podem com os presentes de Dia dos Pais e 12% pretendem deixar de pagar alguma conta para realizar a compra. Além disso, 24% dos que pretendem presentear estão atualmente com o pagamento de alguma conta em atraso, sendo que 68% destes também estão com o nome negativado.

Fonte: CNDL