FCDL-RJ cobra apoio dos bancos públicos no corte de juros na crise do COVID-19

A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Rio de Janeiro (FCDL-RJ) está cobrando ao Governo Federal e bancos públicos que seja lançado um programa de apoio às micro e pequenas empresas com estabelecimentos de juros zeros, na estratégia de enfrentamento dos impactos econômico com a crise do COVID-19.

O presidente da FCDL-RJ, o lojista Marcelo Mérida, explica que o comércio brasileiro vive uma de suas mais severas crises, com risco de fechamento e encerramento em massa das atividades empresariais, com geração de demissões sem precedentes. “É o momento dos bancos públicos entrarem com sua parcela de contribuição mais expressiva para defender o emprego do trabalhador, garantir a sobrevivência do comércio, defender a vida de uma forma mais ampla”, enfatiza.

Para Marcelo Mérida, é preciso que o Governo Federal crie um ambiente para contemplar, principalmente, as empresas que se encontram com restrições de natureza cadastral, em função dos efeitos da crise, lembrando que o Banco Central recentemente anunciou que irá disponibilizar mais recursos para o sistema financeiro, mas sem detalhar as condições em que estas linhas serão ofertadas. “É preciso que haja juros zero, que as linhas sejam subsidiadas, para garantir a operação das empresas, a manutenção dos empregos, e a continuidade da atividade econômica”, ressalta.

O presidente da Federação das CDLs do Estado do Rio lembra que o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian mostrou que a atividade do comércio brasileiro em março caiu 16,2%, em relação a fevereiro, na maior queda no comparativo mensal da série histórica, iniciada em 2000, como reflexo da quarentena determinada por governos para enfrentar o COVID-19.

Marcelo Mérida cita que a FCDL-RJ tem enviado ofícios propondo medidas a governos e instituições, para adoção de medidas de combate à pandemia do COVID-19, com a “integração dos atores envolvidos na promoção de intervenções que assegurem a defesa da vida, da integridade social e econômica do Estado do Rio”.